domingo, fevereiro 12

Hel (Hela, Helle, Heljar), A Senhora do Mundo Subterrâneo.




No conceito nórdico sobre a vida pós-morte, as almas daqueles que não tinham morrido em combates iam para Reino de Hel: Nilfheim, "o mundo de névoa", equivalente ao mundo subterrâneo ou Nifelhel, "a morada dos mortos". 
Snorri Sturluson cita várias vezes o termo da terra, o reino escuro e frio, situado no norte e oposto ao Muspelheim, no Sul, o reino regido pelo fogo cósmico, ambos participando do processo de criação. Segundo ele, Nilfheim tem uma função cosmogônica e cosmológica, mas também participa do presente mítico, como morada dos mortos e que teria sido entregue por Odin a Hel, filha de Loki. Odin deu a Hel o domínio sobre um reino formado por nove círculos ou planos, que iriam abrigar todos que morressem de causas naturais (como doenças ou velhice), as mulheres que morriam nos partos, as crianças nati-mortas e aqueles seres humanos enviados a ela como punição devido aos crimes cometidos.
A residência de Hel era um palácio grande, sombrio, úmido e gelado chamado Elvindner, como uma ponte por cima de um precipício, uma porta imensa, paredes altas e uma soleira chamada "ruína". Ela se alimentava em um prato denominado "fome", usava o garfo"penúria" e a faca do "emaciamento", sendo servida por seus auxiliares "senilidade" e "decrepitude", tendo como companheiros o "atraso" e a "lentidão" e sempre defendida pelo cão infernal Garm. Sua cama era chamada "doença", o cobertor era "angústia", as cortinas "má sorte", o caminho que levava à sua morada"provação", com uma ponte que atravessava os "rios dos ecos" Gjoll, passando pela "floresta de ferro", com árvores metálicas (Pica-Pau), cujas folhas cortavam como punhais e finalmente chegava o portão Helgrind, guardado pela giganta Mordgud, que avaliava as motivações dos visitantes antes de permitir-lhes a passagem.
A cidade de Hel, Valgrind, era povoada por trolls (Tolkien), os seres encarregados de levar o inimigo das divindades para serem "cozidos" no borbulhante caldeirão Hvergelmir. Perto deste caldeirão e da fonte que o alimentava, encontra-se a terceira raiz - "infernal" - De Yggdrasil, roída incessantemente pelo dragão Niddhog. As outras duas raízes se estendiam para o mundo das divindades Aesir e paraJötunheim, o reino dos gigantes de gelo.

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