quinta-feira, janeiro 24

O que é Wicca?



Essa religião tem como marco fundador o ano de 1954, data da publicação do livro “A bruxaria hoje” de Gerald Gardner (1884-1964). Este último utilizou o termo Wicca, para definir as seguidoras da bruxaria, e descreveu em seu livro, como ela estava sendo praticada. Acreditava-se na sua época que a “antiga religião pagã européia” foi conservada por seus membros que seriam as bruxas queimadas nos princípios da idade moderna. Dessa forma, Gardner alegou ter descoberto e ter sido iniciado em um coven (grupo) de bruxas de New Forest (Inglaterra), e que este era um remanescente do paganismo antigo europeu. Por isso se utiliza também o termo bruxaria e bruxa ou bruxo, para designar a religião estudada e seus membros.
Na Inglaterra a Wicca logo ganhou repercussão na mídia e atraiu adeptos. No entanto, seu caráter iniciático, e restrito, limitou a proliferação de uma maior quantidade de membros. Já nos EUA, onde rapidamente chegou na década de 1960 teve seu rumo alterado devido a influencia da contracultura, feminismo e o movimento ecológico. E mais tarde o movimento de Nova Era. No Brasil a Wicca chega na década de 1990, período em que a auto-iniciação já era aceito pela comunidade.
A Wicca é uma religião moderna que busca manter similaridades com o paganismo antigo e a feitiçaria. Em seus quase sessenta anos de história, já tem muito o que contar. Seu pensamento sincrético e intuitivo cria uma vasta diversidade de crenças e práticas entre os próprios wiccanos. Sendo assim, existem diversas tradições dentro da Wicca. Além das tradições mais conhecidas, cada coven e bruxo possuem seu Livro das Sombras, lugar onde são relatadas todas as experiências do coven e do wiccano (só relembrando, coven = grupo, wiccano = individual, por assim dizer). Então, a partir da experiência, um coven pode decidir criar sua própria tradição.
No entanto, podemos encontrar certas linhas comuns na maioria das tradições da Wicca. Em seguida apontaremos as crenças que unem a comunidade wiccana e depois as principais tradições.

Principais crenças




  • 1. Culto à Deusa Tríplice e Seu Consorte, ou seja, aos Deuses antigos

  • Iniciação;

  • 2. Respeito ao conselho Wiccaniano: “Faça o que quiser, se a ninguém prejudicar”;

  • 3. Submissão à Lei Tríplice;
  • (Lei Tríplice: não é uma lei da física como: "dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo"; nem uma lei presente em um Código, como a Constituição Federal. A Lei Tríplice é, na verdade, um juramento. Ela nos proporciona três vezes mais daquilo que fazemos, tanto para o lado positivo quanto para o negativo, e é executada aqui e ali, agora e sempre. Mas, vamos colocar isso no plano prático: se ela é um juramento, só estaremos sujeitos a ela se a jurarmos - caso contrario, não!. Assim, a única lei que se aplica a todos nós é a (aí sim) Lei da Ação e Reação. Porém se formos iniciados dentro de alguma Tradição Wiccaniana (Gardneriana, Alexadrina, Diânica, etc) essa iniciação só se concretizará se fizermos o juramento nos moldes da Tradição específica. Nesse caso, a lei Tríplice se torna, de fato, uma lei para o iniciado.)

  • 4. Respeito absoluto à vida;

  • 5. Crença na reencarnação;

  • 6. Crença na Grande Teia universal;

  • 7. Celebração dos ciclos da Natureza;

  • 8. Prática de magia natural;
9. Proibição completa de proselitismo;
    • (Proselitismo: É a venda, a divulgação, a insistência em querer incutir na cabeça das pessoas um dogma, uma crença, um sistema religioso, mesmo que contra a vontade dos outros. O Proselitista tem o papel de arrebanhar fiéis, seja como for, da forma que for e à que preço for. Ser proselitista é um verdadeiro incômodo aos demais, pois eles são insistentes, pragmáticos, quase beirando ao fanatismo e muitas vezes fanáticos assumidos.)



Tradições

Wicca Gardneriana; Tradição 1734; Wicca Alexandrina; Tradicional Britânica; Wicca Céltica; Tradição Caledoniana ou Caledonni; Tradição Picta; Tradição Diânica; Tradição Georgina; Ecletismo; Tradição das Fadas ou Fairy Wicca; Seax-Wicca ou Wicca Xaxônica; Tradição Strega; Tradição Teutônica ou Nórdica; Tradição Asatrú; Tradição Algard; Tradição Galesa de Gwyddonaid; Bruxo Solitário; Bruxo hereditário ou Tradição familiar.

Celebrações

1. Sabbaths: festivais que celebram o mito da roda do ano:
Samhain 1ª de maio – Beltane 31 de outubro;
Yule por volta de 21 de junho – Litha por volta de 21 de dezembro;
Imbolc 1ª de agosto – Lammas 2 de fevereiro;
Ostara por volta de 22 se setembro – Mabon por volta de 21 de março;
 2. Esbaths: Celebração à Deusa em seu aspecto lunar.
Realizado no primeiro dia de lua cheia.


Caso eu tenha deixado algo de fora ou errado, por favor diga nos comentários! 
HAIL

segunda-feira, janeiro 14

I'M GOING ON AN ADVENTURE







Shamukh Folks!

Venho a partir deste post, comunicá-los que ficarei uma semana sem publicar absolutamente nada aqui, não sei se todos sabem mas o Dankzij é escrito unica e exclusivamente por mim

Por esse motivo, não poderei postar nada aqui, Motivo:

Fui convocado para fazer uma exploração nos reinos da região Nordeste do Brasil com minha família, ficarei uma semana fora e se nenhuma rocha estratosfericamente gigante cair sobre minha cabeça, regresso ao meu reino dia 22/01. Será breve, espero continuem lendo o Dankzij durante minha exploração.


Se alguém morar em Natal, escreve nos comentários!!


Mukhuh Odin bakhuz murukhzu!

("Que o martelo de Odin lhes proteja!" em Khuzdul, a língua secreta dos anões)

quinta-feira, janeiro 10

Ritos de Passagem (Combo x4)




Em todas as culturas e sociedades pagãs e nativas pré-cristãs existiram ritos de passagem, que representavam as mudanças de status e as transições da vida humana, basicamente o que fazemos no Facebook hoje.
Os povos nórdicos preservaram por mais tempo do que o resto da Europa seus antigos costumes (chamados forn sidr) devidoa à cristianização mais tardia; mesmo após a imposição dos novos costumes cristãos (nyr sidr) certos ritos de passagem continuaram a ser praticados, principalmente no interior da Escandinávia e da Islândia.
Infelizmente não existem registros escritos ou referências precisas sobre a maneira como os rituais eram praticados, nem sobre a finalidade de ritos específicos, além dos comuns às outras tradições pagãs, como batizado, casamento e culto dos ancestrais (Sim, em algumas religiões pagãs, o batizado era primordial).

Ritos de Nomeação

O escritor Edred Thorsson em seu livro Green Runa menciona duas cerimônias pré-cristãs: vatni ausa (aspergir com água) e nafn gefa (dar o nome). Ambas eram feitas pelo chefe do clã ou da família, nove dias após o nascimento de uma criança, o período necessário para que o recém-nascido tivesse se mostrado merecedor para ser integrado ao clã, devido à sua força vital, resistência física e poder espiritual. As cerimônias tinham a intenção mágica de auxiliar o processo de reintegração do complexo energético hamingja-fylgja  no recém-nascido, servindo ao mesmo tempo para uma confirmação ritualística da reintegração do espírito na nova encarnação.
A hamingja era uma forma móvel de poder mágico, sendo o meio pelo qual o complexo formado pela combinação da consciência/ mente/ vontade (hugr) formava um novo corpo etérico e físico (hamr e lyke). A hamingja podia ser passada de uma pessoa para outra - parcial ou totalmente -  através da reencarnação ou de uma iniciação sacerdotal, sendo uma força dinâmica que podia ser dividida e projetada para vários propósitos. A fylgja (ou fetch) era acoplada ao corpo astral e nele permanecia durante toda a vida de um indivíduo. O corpo mental (hugr) podia seguir para Walhalla ou Hel, enquanto o corpo astral ou duplo etérico (hamr) permanecia com o cadáver no túmulo e em certas circunstâncias tornava-se manifesto, sendo visível como draugar, os mortos-vivos. Porém hamingja e fylgja podiam acompanhar uma alma renascendo na mesma linhagem familiar ao longo de gerações, um ancestral morto recentemente, renascendo no seu descendente recém-nascido, algo difícil de compreender e aceitar do ponto de vista da doutrina espírita e de certos conceitos espiritualistas e dogmas religiosos. Explicações detalhadas sobre "A estrutura psico-físico-espiritual do ser humano" podem ser encontradas no livro Mistérios Nórdicos.
O nome dado a criança quando o Kyn fylgja (característica de um clã) se alojava em um dos reinos dos mundos sutis, ela aguardava o nascimento da criança certa à qual era iria se acoplar no momento da cerimônia citadas: vatni-ausa e nafni-gefa.
O nome dado à criança podia ser de um ancestral falecido recentemente, escolhido por ter sido percebido durante um sonho pela mãe durante a sua gestação, encontrado em uma visão ou mensagem espiritual, ou revelado pelas práticas mágicas e oraculares realizadas pelo pai, chefe de clã ou xamã. Após a cerimônia, a criança era considerada o ancestral renascido na família e no clã, recebendo proteção e direitos como os outros integrantes da família, não podendo mais ser morta por "exposição" na natureza (método usado para apressar o fim das crianças fracas, doentes ou com anomalias físicas - menos as meninas, portadoras do dom da fertilidade - que eram deixadas nuas perto das árvores de carvalho ou rios).


Consagração da União

O rito da consagração de uma união foi bem mais documentado e muitos dos seus vestígios foram preservados até os tempos modernos. Por ser o matrimônio uma importante instituição social, o casamento era celebrado de forma elaborada e seguindo certas regras. Além de representar um contrato legal envolvendo especificações de bens e herança, o casamento era a consagração de um pacto de união e ajuda mútua entre duas famílias, visando a segurança dos descendentes, pacto que necessitava da aprovação dos respectivos chefes de clã e dos pais dos noivos. A relação harmoniosa e produtiva do casal era uma importante contribuição para a prosperidade e paz familiar e comunitária, fato que requeria o consentimento e apoio de ambos os cônjuges. Os demorados processos - no nível legal, familiar, material e ritualístico (para invocar e garantir a proteção e as bênçãos das divindades) - culminavam com a festa, que devia durar no mínimo três (ou nove) dias.
Os procedimentos pré-matrimoniais se iniciavam com o envio de um emissário, mensageiro ou de uma delegação conduzida pelo pai do noivo para a família da noiva. Neste primeiro encontro eram discutidos e estabelecidos os termos da proposta de casamento: o dote da noiva, os presentes do noivo e dos seus parentes (bens que se tornavam propriedades da mulher, mesmo após o divórcio ou a viuvez e parte da herança aos filhos, a data da união e os detalhes da comemoração (ritual, lugar e festa).
Pouco se sabe do ritual propriamente dito, além das invocações feitas para que a deusa Var testemunhasse o compromisso e sua consagração, colocando o martelo de Thor no colo da noiva e pedindo proteção para Thor e prosperidade de Sif, sua consorte. Eram honradas outras divindades também, as Nornes, Frey [desculpe meu erro, não escrevi sobre Frey ainda], Frigga e Freyja.
O ponto culminante era uma procissão com tochas, levando o casal para a cama nupcial e as respectivas bênçãos para a sua felicidade, fertilidade e união duradora. Estes requisitos pertenciam apenas às classes dominantes, os servos e os escravos precisavam da autorização dos seus donos para se casarem, muitas vezes suas uniões sendo ilegais ou feitas às escondidas, por contradizer os interesses financeiros dos proprietários das terras.


Pacto de Sangue

Um ritual solene e específico da tradição nórdica era o "pacto de sangue", realizado entre pessoas do mesmo gênero (geralmente homens), em que era consagrada uma bebida misturando sangue de cada um, dela tomando os três goles tradicionais, enquanto ficavam com os braços entrelaçados no nível sutil, esse compromisso envolvia muito cuidado e prudência, pois ele entrelaçava não apenas os braços, mas também vibração e nível espiritual, para evitar uma possível "vampirização energética" posterior ou o enfraquecimento áurico ou espiritual de um dos "irmãos". Eventuais brigas, desavenças, maldições ou atos desonrosos de um dos "irmãos", provocavam máculas mútuas e atraíam a má sorte e os infortúnios do seu parceiro. O "pacto de sangue" era considerado um "casamento energético", o elo criado não podia ser rompido, nem mesmo pela morte, as dívidas e responsabilidades continuando a repercutir no plano sutil ao longo das gerações, daí a necessária cautela e discernimento antes que fosse realizado.


Ritos funerários

As crenças escandinavas e germânicas da vida pós-morte diferiam em função das épocas, dos lugares e dos cultos centrados na reverência a uma determinada divindade. O conceito comum era a ênfase na continuidade da unidade familiar, que atravessava tempo e espaço e ligava o mundo dos mortos com o dos vivos.
Na Idade do Bronze os mortos eram enterrados na posição fetal, dentro de túmulos individuais ou coletivos, em caixões rudimentares feitos de troncos de árvores. No final desta era começaram as cremações, as cinzas sendo guardadas em urnas e enterradas na terra. A cremação continuou durante as Migrações  e depois da cristianização até o século XI. No Período Viking continuavam sendo feitos sacrifícios e enterrados juntos objetos, joias, armas e vestimentas dos mortos. Uma descrição usada pelos povos nórdicos em relação à morte de alguém era "foi se unir com seus parentes, que foram embora para as colinas antes dele", significando a reunião familiar, seja no nível espiritual (nas moradas dos deuses), seja no plano físico (nas colinas mortuárias ou os túmulos familiares).
Geralmente o processo da morte era visto como uma viagem e a palavra alemã para ancestrais é Vorfahrem, "aqueles que foram antes". A imagem mais comum nos enterros era o barco, sua réplica física em tamanho natural sendo usada nos enterros das pessoas importantes, enquanto naqueles de pessoas simples era colocada no túmulo uma pequena representação de barco, ou o túmulo era cercado por pedras delineando um barco. Na ilha de Gotland as imagens mais frequentes nas pedras funerárias mostram navios ou cavalheiros, às vezes o cavalo tendo oito patas representando Sleipnir, o cavalo de Odin, por ele enviado para levar os mais honrados chefes e guerreiros para Walhalla. Para os mortos mais pobres eram colocados nos túmulos ou nos seus pés os pecados calçados de Hel, para que eles pudessem andar, sem se afastar ou extraviar do caminho para o reino da deusa Hel.
O nome da deusa Hel foi distorcido e usado pela Igreja Cristã para designar o inferno (Hell - em inglês), local de punição dos pecadores e desprovido de simbolismo complexo de Nilfhel. Em lugar de compreender a dualidade dos atributos da deusa Hel - como regente da morte e ao mesmo tempo guardiã e protetora dos espíritos até o seu renascimento.



Bom folks, é isso. Espero que tenha agregado algo aos seus conhecimentos mútuos, como dizem na língua dos anões de J.R.R Tolkien,

SHAMUKH RA MUKHUH TURGIZU TURUG USGIN!

 (Hail e que sua barba continue a crescer mais em Khuzdul)







quarta-feira, janeiro 9

Ninhursag, A Senhora da Montanha (Mitologia Suméria)




Bom galera, devia ter explicado antes, mas no mês de Dezembro, recebi muitas notificações para fazer posts de Mitologias externas da Mitologia Nórdica que eu conhecia, então Janeiro vai ser só dessas Mitologias, espero que gostem.


Ninhursag como bem dissemos em um artigo anterior é o Feminino Maternal. Segundo a mitologia Suméria.
A lenda narra que ela criou as colinas e as montanhas. Em alguns hinos é identificada como "verdadeira e grande senhora dos céus" e que os reis de Sumer "foram nutridos pelo leite de Ninhursag". Em alguns mitos Ninhursag é retratada como mãe de Enki, o deus da Mágica, das Águas Doces, das Artes e da Sabedoria, e de Ereshkigal, a deusa da Mansão dos Mortos, de modo análogo á essa criação podemos dizer que ela deu a luz á alma através de Enki e também á Morte através da implacável Ereshkigal.

Ela é a Deusa que protege os lares e as Florestas, ela é a própria montanha, os seios que alimentam a terra, dona do sopro de vida que fez vivos os homens. Junto com Enki é a responsável pela criação da raça humana. Juntos modelaram o homem em argila, e lhe deram sopro de vida, para que estes ajudassem os Deuses Menores, Igigi, á semearem e tratarem a terra, fazendo grandes barragens e canais.
Na Acádia tornou-se conhecida como "Belet-Ili" (Senhora dos deuses), ou "Mamma" (Parteira dos deuses). Como esposa de Ea, para os acádios contemporâneos de Enki, era conhecida como Damkina.


Ninhursag - Etimologia do Nome e epítetos 
  
Ninhursag (da língua sumeriana "NIN" (Senhora) e "ḪURSAG" ou "ḪUR.SAG" (Montanha sagrada), foi uma deusa ("dingir") Suméria. Com os atributos principais de uma deusa mãe, teve diversos nomes e atributos ao longo da história da Mesopotâmia, a saber: 

Não só na Mitologia Nórdica, em todas a Mitologias os seus respectivos deuses, tem diversos nomes, de acordo com a região que é cultuada, abaixo segue alguns nomes que eu consegui pesquisar em livros,

• "Ki" - Terra
• "Ninmah" - Grande Rainha;
• "Nintu" - Senhora do nascimento;
• "Mama" ou "Mami" - Mãe;
• "Aruru" - Irmã de Enlil;
• "Dingirmah";
• "Aruru";
• "Uriash".

Outros nomes e atributos menores foram:

• "Ninzinak" - Senhora do embrião;
• "Nindim" - Senhora modeladora;
• "Nagarsagak" - Carpinteira de interiores;
• "Ninbahar";
• "Ninmag" - Senhora vulva;
• "Ninsigsig" - Senhora do silêncio;
• "Mudkesda";
• "Amadugbad" - Mãe que estende os joelhos;
• "Amaududa" - Mãe que dá à luz;
• "Sagzudingirenak" - Meio-esposa dos deuses;
• "Ninmenna" - Senhora do diadema.

domingo, janeiro 6

Gofannon, o Deus Ferreiro (The Smith-God)



Todas as fontes que li e pesquisei, se tratavam de Gofannon como "Smith-God", então algumas vezes irei descreve-lo como Smith-God pra não sair do padrão de pesquisa.

Gofannon, o Deus Ferreiro, foi o filho de Belenos, o deus-sol, e Anu, sua esposa. Ele era conhecido como Goibhniu aos irlandeses e identificado com Vulcan pelos romanos.

O Smith-God era um membro muito importante do panteão celta, como o ferreiro estava em sociedade celta. Para ser capaz de criar metal brilhando forte a partir do minério bruto era visto como quase mágico. Armas feitas por Gofannon se foram garantidos para voar sempre verdadeiro e infligir uma ferida fatal em seu alvo. Ele foi, assim, muitas vezes chamados para forjar esses itens para os deuses. Nomeadamente na lenda irlandesa, onde fez lâminas para Loucetios (Lugh) e os Tuatha antes da segunda batalha de Magh Tuiredh, e na lenda galesa, onde criou uma mão de prata para os Nodens feridos (Lludd). No conto de Culhwch e Olwen, ele ajuda a delinear os sulcos e limpar o arado - presumivelmente por causa de suas associações de metal.

Gofannon também foi anfitrião da festa Underworld para que ele forneceu uma cerveja especial para fazer os bebedores imortal.

Na Grã-Bretanha, o Smith-God parece ter sido particularmente reverenciado no Norte, onde uma série de potes decorados com ferramentas de ferreiro foram descobertos. Eles cobrem uma ampla área de Malton (Yorks) a Corbélia (Northumb). A cidade romana no último produziu até uma representação de Gofannon si mesmo. Um homem barbudo com uma túnica com cinto e boné cônico, ele está sobre sua bigorna com um par de pinças em uma mão e um martelo na outra. Há apenas evidências leve para seu culto no sul Grã-Bretanha, de Colchester (Essex), Farley Heath (Surrey) e Barkway (Herts).


De 5 fontes de pesquisa, incluindo livros antigos só consegui extrair isso de informação, é uma pena.

Se gostou deixe um comentário! HAIL

sábado, janeiro 5

Sucellus, o deus Celta da Floresta.




Sucelus (Sucaelus, Suecelus) é um deus gaulês conhecido a partir de 11 inscrições encontradas na França, Alemanha, Suíça e Grã-Bretanha. Na iconografia Sucellus é descrito como um homem de meia-idade, barbado usando uma túnica e segurando um martelo e ele às vezes é comparado com Silvano romanos. Ele parece ser um deus da floresta / caçador, mas compartilha algumas das propriedades do deus celta também.
Sucellus é um deus conhecido de pelo menos 11 inscrições (na maior parte da Gália) e um número equivalente de estátuas. A região de culto Sucellus "cobre a maior parte do norte da Gália, com inscrições de ter sido descoberto em: Worms na Alemanha (CIL XIII 06.224), onde ele é assimilado pelo Interporto Romano como Silvano; Sucellus em Vichy em Allier (ILTG 497), Ancey-Mâlain na Côte d'Or (AE 1990, 768), Metz (ILTG 565) e Sarrenbourg (CIL XIII 04542) no vale do Mosela onde ele é invocado com sua consorte Nantosuelta e Lyon no Rhône [AE 1990, 768] tudo isso na França. Ele também é invocado em Yverdon, na Suíça (CIL XIII 05.057), bem como Augst na Suíça [AE 1925, 5] (onde mais uma vez ele é invocado como Sucellus Silvano). Há também uma única inscrição em um anel encontrado em York, Inglaterra (RIB 2 2422).
Iconograficamente, (como no exemplar, acima, à esquerda com base em uma estátua de bronze de Premeaux, França) Sucellus é descrito como um homem de meia-idade, barbado usando uma túnica e segurando um martelo numa mão e olla (um vaso ou jarra) na outro. Representações quase idênticos foram encontrados em Genebra, Pouzin na França (embora em ambos os casos, o martelo está faltando). Uma estátua muito semelhante também foi descoberto em Sunderland (este já tenha sido atribuída como um "deus ferreiro", mas as mãos indicam claramente que a estatueta originalmente tinha uma marreta e uma olla). Uma descrição mais de Sucellus, como exemplificado por um baixo-relevo de Sarrebourg onde ele é retratado ao lado de seu consorte, Nantosuelta mostra uma Sucellus barbudo vestindo uma túnica e com um manto sobre o ombro direito. Em sua mão esquerda ele segura um martelo de rosto quadrado e em sua mão direita aí reside uma olla. Uma descrição semelhante é também observado em Saint-Romain-en-Gal e um busto representando uma figura semelhante foi também descoberto na Javols na região Lozere da França. Números semelhantes também foram descobertos no Kinheim-Kindel e Wallerfangen, Alemanha. A forma final do Sucellus, como exemplificado a partir do exemplo de Glanum, Provence, (acima à direita) mostra Sucellus como a divindade caçador da floresta, Silvano com uma coroa de louros, um martelo de cabeça quadrada e um manto drapeado sobre ele.

Iconografia Sucellus, é complexo, no entanto, quando usados ​​em conjunção com sua consorte, Nantosuelta, o casal geralmente são acompanhados por símbolos associados a prosperidade e domesticidade. Mesmo o sentido da onipresente Sucellus martelo / martelo é uma questão de debate. Poderia ser um implemento de guerra, uma ferramenta agrícola ou um símbolo de poder Sucellus. Parte da iconografia da divindade indicou que ele estava associado à agricultura apesar de sua associação com Roman Silolvanus sugere que ele também foi considerado como uma divindade caçador / floresta. O pote ou barril que é, invariavelmente, realizada em associa a divindade outro lado-o com cerveja e tanto a uva e trigo colheitas. Assim Sucellus também pode ser uma divindade de várias bebidas alcoólicas. A este respeito, ele compartilha algumas propriedades com Gofannon / Goibnu cerveja de uma bebida que concedeu a imortalidade e de saúde sobre o bebedor.

Uma inscrição encontrada em Mainz, na Alemanha e dedicado a Sucaelus (que é assimilado ao culto de Júpiter Optimus Maximus e invocou junto com a Locus Genius do site) provavelmente representa uma invocação da mesma divindade, assim como uma inscrição a partir da fonte de Arroux o rio em França, que indica que o site foi presidida pelo Suecelus; uma variante ainda mais em nome desta divindade. Usando o léxico proto-celta reconstruído nome Suecellus » foi interpretado como sendo derivadas de componentes: Su - (bom / muito) e  Keld - (greve), que também está relacionada com a reconstrução proto-indo-europeu  Kelh - (greve), juntamente com o masculino Latinied partícula nós. Assim Sucellus pode ser interpretado como O Atacante Bom.

sexta-feira, janeiro 4

O Culto a Mitra




(Pedido especial de um grande amigo, Tadeu medievalmente chamado de Senhor dos Elfos)


Mitra pertence às antigas mitologias persa, romana e indiana. Para os persas e indianos Mitra era um deus solar, símbolo da luz, que representava o bem e a libertação da matéria. O deus era conhecido como Sol Vencedor. 
Na Pérsia ele era filho de Ahura Mazda deus da luz solar, do dia e do fogo e da deusa Ahriman, ligada à noite e escuridão. O seu símbolo era o touro que era sacrificado em sua honra. A morte do touro, segundo estudiosos representava a Lua, e o ritual era característico dos chamados “mistérios de Mitra”. 

O culto a Mitra sofreu com o tempo diversas transformações até alcançar um papel importante na Pérsia e representar uma forte oposição ao cristianismo romano. Dentro da História, o culto é citado por volta de 1400 a.C., onde Mitra é descrito como o deus que representa o equilíbrio e a ordem do universo. Por volta do século 5 a. C. Mitra passou a fazer parte do panteão do Zoroatrismo persa, de inicio como deus de todos os elementos e mais tarde como deus solar, símbolo da luz.
Quando os persas foram vencidos por Alexandre o Grande, o culto a Mitra se alastrou pelo mundo helenístico. Durante os século 2 e 3 muitos povos se identificaram com Mitra. Nesse período os romanos, identificando com as características do deus passaram a cultua-lo.
Nos cultos helenísticos Mitra era um deus do bem que lutava de forma constante contra as divindades do mal, se liguem que essa parte é da hora, lá vai: Ele teria feito um pacto com o Sol e obteve a Luz e o Calor que transferiu para a humanidade e em torno dele se desenvolveu um ritual de significado simbólico, ligado a uma futura existência espiritual, livre do plano material. O seu culto era praticado em grutas  ou câmaras sagradas dos templos, onde o principal acontecimento era a morte do touro. Acreditava-se que do sangue do sacrifício brotava a vida, propiciando a imortalidade.
O culto a Mitra foi de grande importância no Mundo Antigo. Ele chegou até à época do domínio de Roma e competiu com a fé cristã, exercendo inclusive muitas influências sobre ela. O deus tinha nos domínios romanos diversos Templos em sua honra, a maior parte com câmaras subterrâneas com imagens que retratavam o culto e o Deus Mitra matando o touro.

Iniciação da porra toda,
Havia uma complexa cerimonia de iniciação com sete estágios ou graus em que o adepto deveria cumprir uma série de provas, que incluíam abnegação, sacrifício e até mesmo mortificação da carne.  Quando era aceito no culto o iniciado passava a tomar parte dos rituais, sendo os mais importantes o batismo e uma refeição sagrada feita em grupo onde era servido pão e como bebida água ou vinho. Havia também rituais de purificação em água sagrada, o uso de incensos, cantos sagrados. Os adeptos do mitraísmo guardavam determinados dias como sagrados, geralmente os domingos.
Cada degrau na iniciação procurava dar ao adepto coragem e força de vontade. Os ensinamentos conduziam a uma elevação espiritual, ao amor fraternal. Os sete degraus eram: o corvo, o culto sob o véu nupcial, o soldado, o leão, o persa, o mensageiro do Sol, e o Pai. O último grau era conhecido como Pater (Pai)  e conferia ao iniciado todos os conhecimentos do culto a Mitra e o poder de os diversos graus da escalada iniciática.
As provas incluíam a prática da piedade, o ensinamento da doutrina, além de provas físicas.  O iniciado deveria ultrapassar pelas provas que apresentavam dificuldades crescentes. A ideia era que ele depurasse sua vida física, preparando-se dessa forma para as provas que ocorriam após a morte, pois acreditavam que no mundo do além a alma deveria ultrapassar as sete esferas planetárias  da mão de Mitra para então alcançar a vida eterna.
Devido as diversas informações disponíveis sobre o culto a Mitra fica evidente que toda sua tradição foi transmitida oralmente, pois aos iniciados, como em toda Escola Iniciática era exigido o mais absoluto sigilo sobre os trabalhos, cerimonias e até mesmo conhecimento adquirido.


HAIL FOLKS!


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terça-feira, janeiro 1

Danu – Deusa Mãe Celta




A mãe celeste, que dança na espiral das serpentes das estrelas, é a fonte de onde nasceu aquele povo antigo, que trouxe o druidismo a terra da esmeralda, seu nome Dana, significa bailarina brilhante"  - Cathbad
Na Lua Cheia, os praticantes da Arte celebram Dana ou Danu e como ainda sei pouco sobre a cultura Celta pedi a Lu para escrever algo sobre essa Deusa e ganhei de presente um delicioso artigo que eu posto a seguir, espero que apreciem:

Deusa Celta Danna dos Tuatha dé Dannan

Segundo a lenda, Dana nasceu em um Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.
Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.
Um antigo "feitiço" celta mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos. Dizem que funcionava.
Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo descendente da Deusa Dana, reverenciados pelos Celtas), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia.
A ligação dos Celtas para com sua Deusa Dana era muito intensa, basta verificar o nome dado ao rio onde a civilização Celta se desenvolveu: Danúbio. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don".
Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.
Dana era considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e o mais poética, "Água do Céu".
Aqui preciso fazer uma pausa para lembrar vocês que o povo Celta tinha uma forte ligação com tudo que era belo e os que tinham o dom da escrita (eram poucos) eram considerados figuras abençoadas pelos Deuses. Assim, é muito comum o uso da poética para reverenciar seus Deuses. Muitas de suas preces tão constituídas de versos e possuem rimas agradáveis de se ouvir e outras possuem ritmo e podem ser facilmente cantadas.
Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.
Embora prefira não fazer referências ao cristianismo, aqui preciso abrir uma excessão, já que a figura mística de Dana foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia.

Também é conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o nome de "Anna Perenna".



Prece para a Deusa Dana

Danna dos mares revoltos 

Da luz refletindo nas águas 
Nos permita caminhar pelos vãos sagrados do ar 
Nos brinde com sua sabedoria

Me permita sonhar com o futuro 

Me permita enxergar os lugares obscuros 
onde apenas tua luz consegue alcançar

Senhora Mãe dos Deuses 

Esteja comigo desde o meu despertar 
Me ajude a caminhar pelos caminhos 
que os Deuses tecem desde sempre 
Me ajude a ser calma diante das indignações 
Me ajude a ser fiel a sequência natural de todas as coisas 
Me ajude a ser pensante diante das inquietações

Traga a alegria da vida para todas as coisas vivas 

Traga a beleza de ser filhos de teu abençoado ventre 
E receba meu agradecimento a cada por do sol 
Onde a escuridão se curva diante de tua infinita luz 
Eu dança em teu nome para celebrar o teu reino 
Eu festejo a luz que me orienta e guia 
Eu celebro o teu nome Danna dos Tuatha dé Dannan.

Essa deusa inspirou nossos conterrâneos do Tuatha de Dannan a fazerem suas músicas e ritmo, desde o Doom Metal até o Folk metal, que foi onde pararam.


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