terça-feira, julho 7

Da carne ao vento.

E quando eu morrer?
Quando eu vou morrer?
Alguma entidade,
maligna ou benigna irá me carregar?
Ou cavalgarei?

Lindas mulheres,
com cavalos voadores,
poucas roupas e um elmo.
Ou só apagar?

Viver todos os dias no escuro?
Se apagar, ainda poderei caminhar?
Minha consciência sobreviverá ou…
Terei que aprender tudo de novo?

Vou girar a maçaneta do Precipício e
entrar nos cômodos do Sofrimento.
Comerei sobre a Fome, rasgando a carne
empunhando a Inanição e depois me deitar na Preocupação.

Quem ou o que deixaremos aqui?
Familiares, conjugues, amigos?
Fama, materiais, dinheiro?
Lembranças.

Tudo que brilha, vira pó.
Tudo que range, silencia.
Todo sentimento, se dispersa,
até o vento uma hora morre.

Diferente de nós, o vento renasce.
Ora mais forte ora não.
Aposto que quem comanda a morte do vento,
não comanda nossa morte.

Ou depois de morrer, viraremos vento?





(Desculpem o sumiço.)

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