E quando eu morrer?
Quando eu vou morrer?
Alguma entidade,
maligna ou benigna irá me carregar?
Ou cavalgarei?
Lindas mulheres,
com cavalos voadores,
poucas roupas e um elmo.
Ou só apagar?
Viver todos os dias no escuro?
Se apagar, ainda poderei caminhar?
Minha consciência sobreviverá ou…
Terei que aprender tudo de novo?
Vou girar a maçaneta do Precipício e
entrar nos cômodos do Sofrimento.
Comerei sobre a Fome, rasgando a carne
empunhando a Inanição e depois me deitar na Preocupação.
Quem ou o que deixaremos aqui?
Familiares, conjugues, amigos?
Fama, materiais, dinheiro?
Lembranças.
Tudo que brilha, vira pó.
Tudo que range, silencia.
Todo sentimento, se dispersa,
até o vento uma hora morre.
Diferente de nós, o vento renasce.
Ora mais forte ora não.
Aposto que quem comanda a morte do vento,
não comanda nossa morte.
Ou depois de morrer, viraremos vento?
(Desculpem o sumiço.)